No parque de 55 hectares a nordeste de Paris, os visitantes podem viajar pelo mundo em apenas alguns minutos, sem sair da capital francesa.
Quinze países instalaram as suas casas de hospitalidade no Parc de la Villette, permitindo aos visitantes descobrir diferentes culturas, saborear a comida local e até talvez conhecer alguns atletas olímpicos.
A maior casa é, sem surpresa, o Club France, que pode acolher até 20.000 pessoas, com dois grandes palcos para concertos e encontros com atletas olímpicos.
Ao lado fica a segunda maior: a Casa da Equipa Holanda (Team NL Huis).
Rodeados por um mar de cor de laranja, a cor oficial do país, os visitantes podem assistir a algumas das competições durante o dia e, mais tarde, dançar pela noite dentro ao som de DJ sets de artistas internacionais.
“É uma vibração estar aqui. Tudo é cor de laranja. Podemos comer comida holandesa, vestir roupa holandesa, estamos a tentar fazer aqui uma pequena casa para os holandeses”, disse Marlies Bakker, uma assessora de imprensa voluntária da Casa dos Países Baixos.
Sven, de 23 anos, viajou com a sua família numa autocaravana durante mais de seis horas desde os Países Baixos para assistir aos Jogos Olímpicos.
“Somos grandes fãs dos Jogos Olímpicos, também fomos aos Jogos de Londres em 2012”, disse à Euronews.
“Agora que já sou mais crescido, posso dizer que é muito divertido ver os jogos e, claro, tomar uma bebida agradável enquanto se ouve música”, acrescentou.
Um ambiente festivo e acolhedor
Atravessando o canal do parque, encontra-se a vibrante Casa da Índia. Os organizadores destacaram a rica cultura do país – onde os visitantes podem ver a tradicional tecelagem de tapetes e fazer tatuagens de hena inspiradas nos Jogos Olímpicos.
Os organizadores do pavilhão da Índia disseram que era a primeira casa do país nos Jogos Olímpicos, um passo em direção ao seu sonho de trazer os jogos um dia para a Índia.
Cada casa, incluindo a Casa da Índia, acolhe regularmente diferentes tipos de eventos, desde concertos a workshops.
Jean-Claude, de 79 anos, veio do Sul de França para ver as competições de ginástica. Juntamente com a sua mulher, disseram à Euronews que “ficaram apaixonados” pela Casa da Índia.
“É quente, é acolhedora, foi um dia muito significativo para nós. Vou guardar uma excelente recordação da Casa da Índia”, afirmou.
Uma estreia na história dos Jogos Olímpicos
A poucos minutos de distância encontra-se a Casa da Mongólia, com várias yurts decoradas com motivos tradicionais e retratos de Genghis Khan (o fundador do império mongol).
A Casa também destaca as atividades favoritas da nação, como o tiro aos pratos e o tiro com arco.
É a primeira vez na história dos Jogos Olímpicos que tantos países estão reunidos no mesmo sítio.
“Normalmente, as delegações estão um pouco dispersas pelas cidades anfitriãs”, explicou Benoit Timbert, diretor de operações de Paris 2024, responsável pelo projeto, em entrevista ao meio de comunicação social francês Franceinfo.
Visitantes que aproveitam esta mini viagem à volta do mundo. Adriana, uma mexicana que vive em Paris, disse que passou o dia a passear pelas diferentes casas.
“Primeiro visitámos a Casa do México para conhecer alguns atletas, depois a Casa do Brasil para comer uma tigela de açaí e agora estamos na Casa da Mongólia para ver um pouco da luta tradicional. É muito interessante”, disse à Euronews.
As outras casas incluem a Casa do Brasil, onde os visitantes podem jogar voleibol de praia e basquetebol ou saborear um cocktail fresco.
As outras casas da equipa incluem a Casa do Canadá, a Casa da Colômbia, a Casa da Chéquia, a Casa do México, a Casa da Sérvia, a Casa da Eslováquia, a Casa da Eslovénia, o Pavilhão de Taipé, o Espaço Volia (Ucrânia) e a Casa Ekhaya para a África do Sul.
As casas estarão acessíveis aos visitantes durante todo o período dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos deste verão.
Para saber os horários de abertura e a localização exacta das casas: consulte o site oficial do Parc de la Villette aqui.