Se a abundância de desportos olímpicos o persuadir a praticar uma nova modalidade no outono – talvez algo em que nunca tenha pensado antes – é melhor pensar primeiro na sua segurança.
Uma nova investigação comparou o número de atletas em cada modalidade com o número de lesões registadas, determinando os desportos com os fatores de risco mais elevados.
As conclusões são algo surpreendentes: o BMX surgiu como o desporto olímpico mais perigoso, com uma taxa de lesões de 34,38%, enquanto o ténis de mesa e o andebol foram mais propensos a lesões do que o hipismo e o trampolim.
O BMX – abreviatura de bicycle motocross – é um desporto de ciclismo praticado em pequenas bicicletas em corridas de competição ou estilo livre, quer na rua quer em pistas todo-o-terreno.
O pico de lesões foi registado nos Jogos Olímpicos Rio 2016, com 37,5% dos atletas a sofrerem traumatismos.
O taekwondo – uma arte marcial coreana e desporto de combate que envolve socos e pontapés – vem logo a seguir, com quase 30% dos atletas a sofrerem lesões.
O futebol é o desporto de equipa mais perigoso, com mais de 27% dos seus 1.508 praticantes a sofrerem lesões. O andebol é o segundo desporto coletivo mais perigoso, com uma média de 17,98% de atletas lesionados.
O boxe registou o segundo maior número de atletas lesionados nos Jogos Olímpicos de Tóquio, o que indica um risco crescente. Pode consultar a lista completa abaixo.
Quais são os desportos olímpicos com a taxa de lesões mais elevada?
- Ciclismo BMX, 34,38%
- Taekwondo, 29,92%
- Futebol, 27,19%
- Ciclismo de montanha 22,44%
- Boxe, 18,12%
- Andebol, 17,98%
- Hóquei, 16,55%
- Levantamento de pesos, 15,86%
- Pólo aquático, 14,03%
- Atletismo, 13,04%
- Judo, 12,44%
- Triatlo, 11,59%
- Luta livre, 11,33%
- Basquetebol, 10,69%
- Ginástica artística, 10,54%
- Badminton, 9,65%
- Ténis, 9,44%
- Voleibol de praia, 9,38%
- Voleibol, 7,42%
O Comité Olímpico Internacional (COI) implementou pela primeira vez um sistema de vigilância de lesões em vários desportos nos Jogos Olímpicos de Pequim em 2008.
Estes dados foram recolhidos do British Journal of Sports Medicine (BJSM) e processados por investigadores da Casinority. O estudo tem em conta todos os Jogos de verão entre Pequim 2008 e Tóquio 2020.
Os Jogos Olímpicos de Londres de 2012 registaram a taxa global de lesões mais elevada, com 12,8% dos atletas a comunicarem lesões.
Quais são os desportos olímpicos mais seguros?
Pode ser uma surpresa, mas a maioria dos desportos no lado oposto da tabela estão associados ao que geralmente consideramos fatores ou ferramentas de risco: armas, água, cavalos e flechas.
A canoagem/caiaque tem o registo mais seguro de todos os desportos olímpicos, com uma taxa média de lesões de apenas 2,23, que se reduz para 1,2% na canoagem slalom. A lista completa encontra-se abaixo.
- Canoagem/caiaque (todos os tipos) 2,23%
- Tiro, 2,24%
- Remo, 2,25%
- Tiro com arco, 3,65%
- Natação, 3,78%
- Ciclismo – Pista, 4,24%
- Ginástica – Trampolim. 4.69%
- Hipismo, 4,73%
- Ténis de mesa, 4,83%
- Pentatlo moderno, 6,05%
Todos os tipos de caiaque e canoagem são considerados desportos olímpicos seguros, com uma taxa média de lesões de 2,23%.
Dos 987 concorrentes considerados, apenas foram registadas 22 lesões. O tiro também é relativamente seguro, com uma taxa de lesões semelhante de 2,24% e 26 lesões em três Jogos Olímpicos.
O remo vem logo a seguir, com uma taxa média de lesões de 2,25% num total de 1640 atletas olímpicos, tendo apenas 3% dos atletas sofrido lesões em 2020.