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Com o lançamento de Persona 5: The Royal nesta quinta-feira (31) no Japão, é chegada a hora de listar as principais inspirações para os Personas do game – tanto do original quanto da nova versão. Antes de mais nada, porém, vale ressaltar o que exatamente o game aborda, a fim de contextualizar melhor essas referências culturais e históricas.
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Tudo começa com um grupo de jovens estudantes, que formam um grupo chamado Phantom Thieves of Hearts. A equipe é formada após eles entenderem que estão vivendo em uma sociedade tóxica e perigosa.
Esse mundo é para eles como uma prisão, que os mantém oprimidos e injustiçados; cheio de adultos corrompidos e distorcidos. Para se opor a esse sistema e conseguir liberdade e justiça, eles formam o dito time.
E para colocar a ideologia em prática, eles entram em uma realidade alternativa chamado Metaverse e se esgueiram pelos labirínticos e perigosos Palácios. Estes locais são manifestações distorcidas da percepção cognitiva das pessoas.
Para dar um exemplo, no Palácio de um determinado personagem do game, todos os estudantes do sexo masculino da escola são representados como soldados e todas as estudantes do gênero feminino aparecem como escravas sexuais; porque é assim que o dono desse Palácio enxerga essas pessoas.
Então, para libertar as pessoas dessas percepções distorcidas e abrir os olhos delas para a verdade; os Phantom Thieves se infiltram nesses Palácios até encontrarem o núcleo (representado subjetivamente por um coração), onde geralmente fica a fonte dessa visão de mundo do dono do Palácio. As principais armas dos personagens para essas missões são os Personas.
Os Personas dos games da Atlus, por sua vez, são manifestações da personalidade dos personagens (bem Junguiano, pois é); que se libertam quando os protagonistas quebram suas máscaras sociais, usadas inconscientemente para esconder suas verdadeiras naturezas.
É por isso que os Personas que os protagonistas manifestam, assumem as formas que têm; além de ajudarem os personagens a enfrentarem dificuldades, auxiliando-os com seus poderes no Metaverse.
A maioria dos Personas de Persona 5 e de Persona 5: The Royal são inspirados em figuras ou folclóricas ou históricas, conhecidos por feitos criminosos. Alguns deles são ladrões, outros espiões… De toda forma, em sua grande maioria, são todos “fora da lei”.
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E é aqui que começa a nossa lista de inspirações dos Personas de Persona 5 e Persona 5: The Royal. Obviamente este artigo contém SPOILERS de ambas as edições do game, então esteja avisado de antemão e continue apenas por sua própria conta e risco.
Protagonista – Arsene
Reprodução/Sony
Inspirado em Arsène Lupin, um anti-herói fictício criado por Maurice Leblanc e que protagonizou os romances escritos pelo mesmo. Apesar de ser um ladrão, fez fama ajudando a prender criminosos piores do que ele.
O Persona do Protagonista também pode ter sido parcialmente inspirado pelo anarquista francês Marius Jacob.
Vale ainda apontar que o Persona do personagem principal tem uma segunda skin intitulada apenas de “Raoul”, que é o segundo nome de Arsène nos romances (o nome completo do ladrão era Arsène Raoul Lupin).
Reprodução/MrMoley
Morgana – Diego
Reprodução/Sony
Diretamente inspirado em Don Diego de la Vega, o nobre fictício que vivia na Califórnia (mas de descendência espanhola) e que assumia a alcunha de Zorro nos romances do escritor Johnston McCulley, em 1919.
Zorro por sua vez, era o fora da lei mascarado que defendia os plebeus e os povos indígenas contra oficiais corruptos durante a era do domínio espanhol.
Ele sempre deixava a marca “Z” para que seus inimigos soubessem que ele tinha aparecido na cena.
Vale apontar que a forma suprema de Diego em Persona 5, se chama “Zorro”.
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Ryuji Sakamoto – Captain Kidd
Reprodução/Sony
Captain Kidd, por sua vez, é inspirado em William Kidd, um pirata escocês e corsário no século XVII. Fez fama inicialmente no Caribe, mas sua sorte mudou quando ajudou a colônia inglesa de Nevis, saqueando os franceses que estavam atacando.
Foi reconhecido pelo rei da Inglaterra por este feito e ganhou carta de corso, o que lhe forneceu proteção desde que ele se mantivesse leal ao país. Então, quando a tripulação de Kidd atacou um navio neutro no Oceano Índico sem consentimento dele; ele se tornou novamente um foragido.
Foi capturado e executado e, antes de morrer, declarou que tinha um tesouro escondido, deixando para trás muitas lendas.
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Ann Takamaki – Carmen
Reprodução/Sony
Carmen é uma cigana fictícia criada por Prosper Mérimée. Sua primeira aparição foi no romance de nome homônimo, escrito e publicada em 1845. Eventualmente, o conto deu origem à famosa ópera composta pelo francês Georges Bizet.
A personagem é descrita como uma ladra e uma femme fatale. Geralmente se aproveita de sua beleza para fazer os homens se apaixonar por ela. Após se cansar, ela termina o relacionamento com eles; até que é morta por um amante extremamente enciumado.
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Yusuke Kitagawa – Goemon
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O nome é diretamente retirado de Ishikawa Goemon, um “fora da lei” que viveu no Japão. As escassas fontes que citam sua existência, detalham que ele tentou assassinar o shogun Hideyoshi Toyotomi, mas foi capturado e executado junto ao filho em 1594.
Com o passar do tempo, sua história se espalhou e ele passou a ser considerado uma espécie de “Robin Hood” japonês, já que ele também roubava dos ricos e dava os espólios aos pobres, durante o período Azuchi-Momoyama.
Outras fontes também o citam como um ninja habilidoso. Além disso, influenciou a cena de teatro conhecida como Kabuki.
Em Persona 5: The Royal, Yusuke poderá usar um novo Persona, Gorokichi, que era o nome de batismo de Goemon.
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Makoto Niijima – Johanna
Reprodução/Sony
Baseada na Papisa Joana, uma mulher da era medieval que reinou como Papisa por um breve período, indo contra a Igreja Católica – embora sua existência ainda não tenha sido confirmada por historiadores modernos.
Muitas versões de sua história citam que ela se vestiu de homem, chegando ao cargo de Papa devido ao seu intelecto incomparável. Então, se revelou mulher quando deu à luz durante uma procissão. Não se sabe se ela morreu por assassinato ou de causas naturais.
Vale apontar que em Persona 5: The Royal, Makoto terá acesso a uma nova Persona, “Agnes”, que era um dos nomes alternativos de Joana.
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Futaba Sakura – Necronomicon
Reprodução/Sony
Retirado diretamente dos contos de H.P. Lovecraft, o Necronomicon é um grimório (tomo de magia) que detalha a existência de poderosos e antigos seres cósmicos que habitaram a Terra – mas que continuam, secretamente, influenciando os humanos.
Ainda nos contos, é dito que o tomo é usado para transmitir o conhecimento desses seres, o que não é exatamente algo bom, já que essas informações são consideradas perigosas e podem deixar uma pessoa louca. “Dizem que o livro em si está vivo”.
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Haru Okumura – Milady
Reprodução/Sony
A Persona de Haru é inspirada em “Lady Clark Milady de Winter”, uma personagem fictícia do romance Os Três Mosqueteiros, de Alexandre Dumas. É uma das antagonistas e atua como uma espiã do Cardeal de Richelieu.
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Goro Akechi – Robin Hood & Loki
Reprodução/Atlus Reprodução/Atlus
O primeiro Persona de Goro é Robin Hood, personagem folclórico bastante conhecido na cultura pop. É descrito como um “nobre ladrão” da Inglaterra na Idade Média, um arqueiro especialista que morava na Floresta de Sherwood e era ativamente conhecido por “roubar dos ricos para dividir com os pobres”.
O segundo Persona de Goro é Loki, figura diretamente retirada da mitologia nórdica; o deus trapaceiro.
Reprodução/Kalimando
Kasumi Yoshizawa – Cendrillon
Reprodução/Atlus
A nova personagem, que se junta aos Phantom Thieves em Persona 5: The Royal, tem como Persona a Cendrillion, que por sua vez é inspirada na versão francesa do clássico conto da Cinderela.
Reprodução/MrMoley Publicidade Persona 5 Ver review
- Lançamento
04.04.2017
- Publicadora
Atlus
- Desenvolvedora
Persona Team
- Censura
14 anos
- Gênero
RPG
- Plataformas
PlayStation 4 PlayStation 3
