Após meses de expetativa, a presidente da Câmara Municipal de Paris, Anne Hidalgo, mergulhou finalmente no rio Sena, nove dias antes da cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de 2024.
Vestida com um fato de mergulho, Hidalgo mergulhou no rio perto da Câmara Municipal e da Catedral de Notre Dame. Tony Estanguet, presidente do comité dos Jogos Olímpicos de Paris 2024, juntou-se a ela.
No sábado, a Ministra dos Desportos francesa, Amélie Oudéa-Castéra, tinha nadado no Sena para dar visibilidade ao esforço que as autoridades têm feito para a melhoria da limpeza do rio antes dos jogos de verão, que têm início no próximo dia 26 de julho.
As preocupações com o caudal e os níveis de poluição do Sena têm persistido à medida que os Jogos Olímpicos se aproximam, o que levou o grupo de monitorização Eau de Paris a efetuar testes diários à qualidade da água. No início de junho, os testes diários à qualidade da água indicavam níveis inseguros da bactéria E. coli, mas desde então têm-se registado melhorias.
Os Jogos de verão têm início a 26 de julho com uma cerimónia ao ar livre que inclui um desfile dos atletas no rio. O Sena será palco de várias provas de natação, incluindo a maratona em águas abertas e as etapas de natação dos triatlos olímpico e paralímpico.
A natação no Sena é proibida há mais de um século, apesar das promessas contínuas de limpeza do rio. Jacques Chirac, o antigo presidente francês, fez uma promessa semelhante em 1988, quando era presidente da câmara de Paris, mas nunca foi concretizada.
Desde 2015, foram investidos cerca de 1,38 mil milhões de euros para preparar o Sena para os Jogos Olímpicos e para garantir que os parisienses tenham um rio mais limpo nos anos após os jogos. O plano incluía a construção de uma gigantesca bacia subterrânea de armazenamento de água no centro de Paris, a renovação das infra-estruturas de esgotos e a modernização das estações de tratamento de águas residuais.
O mergulho de Hidalgo, esteve previsto para junho, mas foi adiado devido às eleições legislativas antecipadas em França. Na altura, a hashtag “jechiedanslaSeine” (“estou a fazer cocó no Sena”) era tendência nas redes sociais, uma vez que alguns ameaçavam protestar contra os Jogos Olímpicos defecando a montante.