zelda jogos
The Legend of Zelda completou 35 anos em 2021. São mais de três décadas acompanhando reencarnações do corajoso Link, da sábia princesa Zelda e do poderoso vilão Ganon em diferentes histórias.
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Na lista abaixo, o The Enemy ranqueou todos os jogos da série principal de Zelda, do pior ao melhor. Prepare-se, porque são muitos anos que devemos levar em consideração. Pronto? Então, vamos lá.
18. Zelda II: The Adventure of Link (1987) – NES, Disk System
Na base da lista, temos nada menos do que Zelda II. Basta bater o olho para perceber que o segundo jogo da série é bem diferente do que foi feito antes e depois. Ele tentou mudar radicalmente a fórmula do primeiro game e transformou a experiência em um jogo de rolagem lateral com muitos elementos de RPG.
Isso inclui encontros aleatórios desnecessários no mapa overworld e grinding pra ajudar a lidar com a dificuldade insana dessa campanha. Zelda II: The Adventure of Link não é exatamente um jogo ruim. Só é esquisito.
17. Four Swords Adventures (2004) – GC
O conceito original do multiplayer envolvendo quatro Links surgiu de um complemento da versão de A Link To The Past para o Game Boy Advance, em 2002. A ideia evoluiu para um jogo próprio chamado Four Swords Adventures, que saiu para o GameCube, mas que raramente é lembrado junto dos outros Zeldas famosos do console, como The Wind Waker e Twilight Princess.
Esse é um jogo que está mais para party game do que Zelda no sentido tradicional e realiza o verdadeiro potencial do Four Swords original do GBA. Ele pode ser ótimo com vários amigos jogando lado a lado, mas não foge da repetitividade.
16. The Legend of Zelda (1986) – NES
O primeiro The Legend of Zelda fez algo novo e acessível com um mundo para explorar sem amarras. A sensação de liberdade que esse jogo oferece é algo impressionante até hoje — principalmente, em comparação com a estrutura da maioria dos outros jogos do Nintendinho.
Vale mencionar que ele ganhou um remake em 1995 chamado “BS The Legend of Zelda”, que saiu apenas no Japão para o Satellaview, que era um periférico estranho do Super Nintendo japonês que transmitia jogos por satélite em momentos específicos. Nessa versão, além de gráficos e som 16 bits, o jogo ainda tinha uma narração em áudio.
O Zelda original tem algumas decisões de design estranhas, como o jeito que ele estabelece passagens secretas. Mas mesmo com algumas falhas — e uma dificuldade bem alta —, The Legend of Zelda foi extremamente inovador em 1986 e é, em muitos sentidos, o jogo mais próximo de Breath of the Wild em toda a franquia.
15. Tri Force Heroes (2015) – 3DS
Depois de duas experiências multiplayer com Four Swords, a Nintendo se inspirou em trechos de puzzles de Spirit Tracks pra fazer mais um Zelda cooperativo: Tri Force Heroes — que dessa vez era jogado com três pessoas em vez de quatro.
O foco é na resolução de quebra-cabeças e não no combate como na linha Four Swords. Faz um pouco de falta a linearidade tradicional da narrativa da série ali, mas Tri Force Heroes é um excelente game para aproveitar com outros fãs de Zelda que curtem o tipo de desafios que você encontra nos calabouços da franquia.
14. Phantom Hourglass (2007) – DS
Funcionando como uma sequência de The Wind Waker, Phantom Hourglass traz uma perspectiva que é um meio termo entre os Zelda 2D e 3D. Ele peca por tentar miniaturizar a exploração marítima de Wind Waker em uma plataforma que não é capaz de criar um mundo tão recheado e acaba sendo meio repetitivo às vezes.
Mas Phantom Hourglass é bem-intencionado em tornar a jogabilidade mais acessível por meio da caneta Stylus do Nintendo DS. Vale dizer que dá pra se divertir muito com o multiplayer competitivo e com o coadjuvante Capitão Linebeck.
13. Oracle of Seasons (2001) – GBC
Zelda: Oracle of Seasons foi feito tendo como base Link’s Awakening, o primeiro jogo portátil da franquia, e ele tem foco em combate e momentos de ação. O lado meio ruim disso é que os quebra-cabeças do game costumam ser básicos demais.
Mas você pode alternar entre as estações do ano e modificar o ambiente para encontrar passagens secretas e resolver enigmas. Isso é bem divertido. Tem ainda novos animais companions. Você pode pular junto com um canguru e até voar em um urso alado.
12. Oracle of Ages (2001) – GBC
Zelda: Oracle of Ages é o jogo irmão de Oracle of Seasons. Ambos saíram no mesmo dia e são aventuras que se completam. Mas enquanto Seasons é sobre combate, mudanças de estações e tem uma base em Link’s Awakening, Ages brinca com o tempo em uma clara alusão a Link to the Past, e consegue ser uma experiência mais completa do que Seasons por conta de seu foco nos quebra-cabeças, que cobram mais engenhosidade de quem tá jogando. Em Ages, as batalhas contra os chefes são mais criativas e os personagens também são mais interessantes. De qualquer forma, ambos são jogos sólidos pra série.
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11. Spirit Tracks (2009) – DS
Zelda: Spirit Tracks segue a linha estética de Wind Waker e Phantom Hourglass e traz algumas coisas interessantes pra mesa, como a Zelda te acompanhando ao longo do jogo. A maioria das pessoas, porém, não gosta do sistema de movimentação que não é feito pelo botão direcional, mas pelos controles de toque do DS.
Spirit Tracks é um daqueles Zeldas subestimados e um pouco estranho por transformar o Link em um maquinista, mas que tem uma história surpreendentemente emocionante e alguns dos calabouços mais divertidos entre os games de perspectiva top down de Zelda.
10. Skyward Sword (2011) – Wii
E a gente entra no Top 10 com um um dos últimos games originais de Zelda que saiu em um período bem sofrido da franquia. Skyward Sword experimenta com alguns conceitos básicos que viriam a brilhar em Breath of the Wild, como o planador, a escalada e a barra de vigor, mas ele também faz algumas apostas erradas.
A maneira como o jogador é obrigado a voltar para as mesmas áreas ao longo de toda a jornada cansa e tira muito do prazer da exploração que é característico da série. Apesar disso, o visual e a música do jogo são incríveis e os controles de movimento com os wiimotes podem fazer até o combate contra bichos básicos virar uma experiência daora — pelo menos quando eles respondem direito.
Skyward Sword saiu no aniversário de 25 anos de Zelda e, automaticamente, ele completa 10 anos em novembro. Por essa, e por ele nunca ter sido remasterizado antes, o game ganhou uma versão HD para o Switch.
9. Minish Cap (2004) – GBA
O único Zelda original e em forma de jogo completo do Game Boy Advance é The Minish Cap. Apesar de ser um pouco curto demais, com cerca de 16 horas de campanha, e de ter um sistema meio repetitivo envolvendo as pedras mágicas Kinstones, esse jogo é incrível.
Minish Cap, apesar de um Zelda tradicional, traz a novidade de explorar um mundo paralelo como uma versão piquititinha do Link, graças ao chapéu/item/companheiro de aventuras Ezlo. Esse é um jogo extremamente fofinho e envolvente. O visual dele funciona muito bem no GBA, com uma das pixel art mais bonitas da série. E o repertório de dungeons, mesmo meio fácil, é um dos mais inventivos da franquia, incluindo os jogos 3D.
8. Link’s Awakening (1993) – GB
Com a tarefa de fazer um Zelda para o console portátil Game Boy, os desenvolvedores decidiram manter as mecânicas mais simples de A Link To The Past e inovar na narrativa. Na verdade, inovar não. Pirar legal. Link’s Awakening é quase uma “paródia de Zelda”, segundo o próprio diretor do jogo Takashi Tezuka.
Tem várias participações especiais de personagens da Nintendo, não tem Ganon, não tem Hyrule e não tem nem a Zelda que dá nome à série. Ele é o primeiro jogo da franquia a apostar em histórias emergentes — algo que Majora’s Mask e Breath of the Wild aproveitariam ao máximo muitos anos depois. A Koholint Island é um personagem por si só, com uma história instigante e muitos habitantes pitorescos que criam um clima de estranheza confortável numa vibe quase Twin Peaks.
Cinco anos após seu lançamento no Game Boy, foi lançada uma versão colorida no Game Boy Color chamada de Link’s Awakening DX. E eu acho que vocês estão bem familiarizados com o remake lançado para o Switch em 2019 que tinha visual de brinquedo, né?
7. The Wind Waker (2002) – GC
O cartunesco The Wind Waker é um dos jogos mais corajosos de toda a história da Nintendo e que subverteu as expectativas em vários sentidos, mas especialmente na estética e narrativa.
É claro que quem pediu o Zelda Snyder Cut acabou ganhando ele mais tarde em Twilight Princess. Mas houve muito choro quando o visual colorido, feliz e feito em cel shading de Wind Waker foi mostrado. A ideia de um mundo inundado, tipo aquele filme Waterworld, com Kevin Costner, é explorada de um jeito incrível na campanha, com a descoberta de novas ilhas — grandes ou pequenas — virando motivo de prazer constante. A história é uma das mais satisfatórias de toda a série e, curiosamente, afeta ainda mais quem é apaixonado por Ocarina of Time.
Mesmo assim, o jogo tinha alguns probleminhas irritantes quanto às mecânicas na época, mas eles acabaram sendo corrigidos na versão HD do Wii U, como a gente falou no Rankeado de melhores remasterizações.
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6. Twilight Princess (2006) – GC e Wii
E já que a gente falou de Twilight Princess, esse é o jogo que os fãs mais ardentes de Ocarina of Time queriam após as liberdades criativas tomadas por Majora’s Mask e The Wind Waker: um retorno à Hyrule clássica, com uma atmosfera sombria e opressora e toques divertidos de esquisitices na sua metade final.
O Wolf Link é uma adição muito bacana e é divertido ver Link evoluir nessa forma, transformando o que inicialmente é fragilidade em um ponto forte. Porém, assim como Skyward Sword, o jogo se alonga demais nas primeiras horas. Twilight Princess foi outro que ganhou versão HD no Wii U, lá em 2016, e a gente tá aqui esperando a Nintendo relançar no Switch também.
5. A Link to the Past (1991) – SNES
Depois das mudanças controversas de Zelda II, a Nintendo trouxe de volta a mesma perspectiva top down do jogo original e expandiu e melhorou tudo que podia. A Link To The Past foi o game que deu direção pra série: direção narrativa, direção em mecânicas e direção na progressão da aventura. A Link To The Past criou as estruturas sobre as quais todos os jogos posteriores foram construídos.
A campanha se passa em um mundo aberto com inúmeras oportunidades, mas que você precisa desvendar e desbloquear em seu próprio tempo. Esse é, com certeza, o Zelda pré-GameCube que envelheceu melhor em visual. Mesmo hoje, ele é muito bonito e até parece um jogo indie atual.
E vale mencionar que ele teve uma versão para o Satellaview em 1997 — que era praticamente idêntica à original — e também um port para o Game Boy Advance em 2002, que veio com uma pequena campanha multiplayer, que é o Four Swords original. Como esse conteúdo do Four Swords é bem curto e dura só de duas a três horas, eu não tratei ele como um jogo de Zelda da linha principal, até porque ele nunca foi lançado avulso, mas fica aí a menção.
4. Majora’s Mask (2000) – N64
O famigerado Majora’s Mask é um jogo muito à frente de seu tempo e foge muito do que se espera de um Zelda tradicional. O jogo traz um mundo vivo e pulsante e em que, absolutamente todos os personagens, por mais insignificantes que eles pareçam em um primeiro momento, têm uma história interessante para contar.
Majora’s também é marcante por não esconder a crueldade e a dureza da realidade vivida pelos personagens, o que faz com que você desenvolva empatia por Termina e por seus habitantes de um jeito bem orgânico.
Isso, por si só, é um grande feito, já que todo o conceito de Termina gira em torno da ideia de um mundo “alienígena” e incômodo, ao qual o Link não pertence. No início da jornada, você só pensa em voltar para casa; mas ao final, você não quer ir embora. Majora’s Mask também ganhou um relançamento com melhores gráficos e aperfeiçoamentos mecânicos em 2015 no 3DS.
3. A Link Between Worlds (2013) – 3DS
Pra homenagear e continuar a linha do tempo de A Link To The Past — que já tinha ganhado três sequências nos Game Boy — a Nintendo lançou A Link Between Worlds, um Zelda com visão de cima pra baixo com modelos em 3D extremamente fofinhos. O game traz uma mecânica muito maneira de virar uma pintura chapada 2D e passar pelas paredes e um segundo reino que é antítese de Hyrule chamado Lorule.
Between Worlds reinventou os conceitos do Zelda top down como Breath of the Wild fez para o Zelda 3D, e jogou no lixo a estrutura linear da série que tava cansada naquele momento. É o que há de melhor nos Zeldas dessa categoria em todos os sentidos.
2. Ocarina of Time (1998) – N64
E, é claro, a gente precisa falar de Ocarina of Time. Ocarina foi o primeiro Zelda 3D e deu mais importância para a parte narrativa na franquia, trazendo um novo nível de excelência não só nas cinemáticas, mas também no som, nas mecânicas e no level design. Foi também o jogo que criou a bifurcação de realidades paralelas na linha do tempo da série.
Talvez esse seja o Zelda mais importante historicamente. Mas, mais do que uma contribuição para o histórico de Zelda, Ocarina foi uma grande contribuição para a história do desenvolvimento de games. Ele se tornou extremamente influente e foi considerado por inúmeros fãs e veículos de imprensa um dos melhores jogos de todos os tempos e a aventura 3D primordial.
Em 2002, a Nintendo lançou uma versão retrabalhada do jogo no GameCube, a edição Master Quest. E, em 2011, o 3DS recebeu um remake com recursos 3D que também melhorou visuais, controles e interfaces.
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1. Breath of the Wild (2017) – Switch e Wii U
Bom, se Ocarina ficou em segundo, o primeiro lugar tinha que ficar com Breath of the Wild. A Nintendo misturou a sensação de livre exploração do Zelda original, alguns recursos de Skyward Sword, a estética dos filmes Ghibli, alguns paradigmas de mundo aberto contemporâneos e criou uma nova obra prima.
A exploração é incrível, o combate é excelente, a história é instigante, a física e as mecânicas tem várias camadas de profundidade e tudo nele é extremamente adorável, viciante e, principalmente, livre de amarras. Pensa num jogo que deixa você fazer o que quiser.
Breath of the Wild condensa o “estilo Nintendo” de se fazer videogames da forma mais pura: um conceito simples e divertido que se expande, contrai, contorce e se dobra de todas as maneiras imagináveis. Tudo o que o jogo podia fazer com as ferramentas que ele põe nas mãos de Link, ele fez — e o sistema é aberto o suficiente para que o próprio jogador encontre maneiras de quebrar e expandir ele ainda mais com base na sua própria engenhosidade. E que venha a sequência!
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